linhas cheias de palavras vazias

Caímos na decâdencia arrastados por um mundo ignorante e desintressado, palavras, muitos perguntam se elas servem para comer, se elas tiram a fome que há no mundo, se elas levam o homem a lua..enfim, julgo que pensando, coisa de que se esqueceu o homem, sim vamos a lua e acabamos com a fome do mundo, mas pensemos em palavras e não em guerras, em soluções e não em conflitos, justiça amor e paz.. tudo se enconta na perfeição..

6/28/2006

Ambição de derrotado

Raiva, dor vivida do somente incomprendido
Sentida por mim só, soltem as feras
E sentai-vos a banquetearem-se de misérias
Que apelidam, mas deixem-me esquecido...

Favor que vos peço, livrai-vos de quem
Tão bem canta as verdades que tem a dizer,
De quem se esmera e se deixa morrer,
Esqueçam-se que esse podia ser alguém...

Mas que egoísta sou, tal sacrifício
Não te merece querida mãe, tu explorada
Por vis agentes sendo dia a dia lembrada
Da mísera condição, ossos do ofício...

ex-aluno

Gritam movidos pela saudade
Os cujo tempo ido constrói memórias,
Tais velhos um dia putos, tantas as histórias
Das experiências de cada idade..

Sorriem de novo vindos ao seu mundo
De infantes, as caras mais velhas lembram
Felizes as aventuras que os petizes cantam,
Sentimentos não guardados em falso fundo...

Petizes nele cresceram, viveram e jamais
Esquecem a Casa que os viu marchar,
Alinhados de peito inchado com caixa a tocar,
Dói a lembrança de novos não serem mais...

6/22/2006

bebâdo

Um doce vazio ilumina os amargos
Caminhos que delíneam o fado
Que eu não escolhi, estado mingado,
certeza que desaparece em três tragos...

cresce a vergonha que não tenho,
as ideias teimosas e convencidas,
Lânguidas e quero-as esquecidas,
Se não assim, sou um estranho...

Oh, doce sobreidade que aflui
À cabeça, o sangue e a àgua
Correm juntos, lembro esta mágoa
Que esqueço, o sóbrio que sempre fui...

6/21/2006

Poesia

Rosa sem vida é primavera sem flor...
Só doces amarguras pintam tal cenário,
Triste como o castelo com seus pajens,
Mergulhados na escuridão da imaginação...

Traga o amor a beldade, o freco a liberdade,
Expulsai estes dias de sol ocioso, vivai!
Croai a alegria rainha dos corações sofridos,
E mesmo os mais tristes e abatidos, cantai!

Inspirai-vos naqueles que vos rodeiam,
Tal como eu vivem errando na luz,
Desprezai as trevas e caminhai para
A pura poesia, a versificaçao do amor...

Penas e aparos


Quase que consigo escrever por fim
Mas a pena ainda me atraiçoa,
Mentirosa que com vontade voa
Arranhando o papel e a mim...

Tantas são as caras que tem,
Todas tão belas e invejosas,
Oito os amores, oito preciosas!
Amantes da minha escrita refém...

Mas, qual delas eu desposo? Incerto
Penso na qual que melhor desenha,
Porém, que conclusão estranha
Devo procurar no meu deserto?