linhas cheias de palavras vazias

Caímos na decâdencia arrastados por um mundo ignorante e desintressado, palavras, muitos perguntam se elas servem para comer, se elas tiram a fome que há no mundo, se elas levam o homem a lua..enfim, julgo que pensando, coisa de que se esqueceu o homem, sim vamos a lua e acabamos com a fome do mundo, mas pensemos em palavras e não em guerras, em soluções e não em conflitos, justiça amor e paz.. tudo se enconta na perfeição..

2/15/2007

Sonho II

Espreitais Lua o meu leito,
Não, esperai, entrai e aninhai-vos
Comigo, sim, ansioso esperava-vos,
Agora, repousai sobre meu peito…

Tristes as noites que não são trevas sem vós,
Mas não estais com elas para que comigo,
Ao cantares ao doce silêncio, meu amigo,
Estes sonhos sejam vividos apenas nós…


Sonhemos agora minha pequena,
Deixando as nossas almas chorar
A saudade que teima em representar
Nas nossas vidas, esta triste cena…

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo

Mal de te amar neste lugar de imperfeição
Onde tudo nos quebra e emudece
Onde tudo nos mente e nos separa

Que nenhuma estrela queime o teu perfil
Que nenhum deus se lembre do teu nome
Que nem o vento passe onde tu passas.

Para ti criarei um dia puro
Livre como o vento e repetido
Como o florir das ondas ordenadas.

Bebido o luar, ébrios de horizontes,
Julgamos que viver era abraçar
O rumor dos pinhais, o azul dos montes
E todos os jardins verdes do mar.

Mas solitários somos e passamos,
Não são nossos os frutos nem as flores,
O céu e o mar apagam-se exteriores
E tornam-se os fantasmas que sonhamos.

Por que jardins que nós não colheremos,
Límpidos nas auroras a nascer,
Por que o céu e o mar se não seremos
Nunca os deuses capazes de os viver."

Sophia de mello Breyner Andresen

12:20 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

"Dentro de água, largamos as mãos e vais indo, desaparecendo, lenta e tranquilamente… a água é envolvente, como um útero, é escuro e só nós brilhamos. Quando estou contigo tenho apenas uma vaga sensação de como é quando me deixas, não tenho qualquer recordação, mas as minhas entranhas revolvem-se numa inquietação que não compreendo (...)"

11:49 da tarde  

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