Amor, quem és?
Baloiçam as águas do mar
As fragatas que nela repousam,
Eternas amantes, trevas que as desposam,
Que verbo esse, de nome amar…
Gela-me os nervos a solidão,
Que monstro sou, besta vencida
Pelas mágoas desta investida,
Temível e misericordiosa paixão…
Vivam, rosas deste amor celeste,
Trunfos de quem usa por ser usado,
Trovas de quem chora e é chorado,
Eternizadas numa escrita campestre
2 Comments:
Se pudesse mostrava-te uma imagem de um frágil e gasto barco a remos, demasiado esgotado para vogar como outrora, mas ainda muito vivo para experimentar o silêncio audível do luar... derradeira tristeza, beleza inexprimível, saudades de uma vida que nunca tive, tudo isto as tuas palavras evocam em mim. Se pudesse mostrava-te coisas terríveis e coisas lindas, mostrava-te QUEM É O AMOR, e expulsava o monstro que há em ti e nunca mais te gelaria os nervos a solidão... se ao menos eu conseguisse...
O amor não se mostra, é belo demais para ser vislumbrado pelos olhos comuns dos mortais. A nossa dádiva está em faze-lo sentir, em cada palavra, em cada silêncio partilhado, em cada pensamento, em cada sorriso provocado, em cada beijo, em cada toque...
Se esse monstro, que nunca vi, faz parte de ti...então aceito-o de bom grado...pelos vistos também foi por ele que me apaixonei. Só assim concebo o amor, numa aceitação incondicional!
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