linhas cheias de palavras vazias

Caímos na decâdencia arrastados por um mundo ignorante e desintressado, palavras, muitos perguntam se elas servem para comer, se elas tiram a fome que há no mundo, se elas levam o homem a lua..enfim, julgo que pensando, coisa de que se esqueceu o homem, sim vamos a lua e acabamos com a fome do mundo, mas pensemos em palavras e não em guerras, em soluções e não em conflitos, justiça amor e paz.. tudo se enconta na perfeição..

11/05/2007

primeiro beijo

Abraçados iluminando a noite com seus sorrisos
Cantam juntos embalados pelo som das trevas,
Ela, deusa menina que o inspira, a primeira das Evas,
Escreve ele, o eleito, pelos seus versos indecisos...


Jazem deitados na alma campestre que canta seus fados,
Contemplam-se abraçados embalados pelas belas canções
Que um dia ele escreveu sobre ela, seus corações
Chamam e aproximam-se as faces, amam-se na noite os iluminados...


Tocam-se os lábios, treme a terra, de mãos dadas
Suspiram os céus, procuram-se entre as vestes
Que os cobrem lutando por um beijo, sendo estes
Inocentes e sinceros, deuses reinantes num conto de fadas.

segredos

Zéfiro errante, narra comigo mais um salmo,
Cantemos perdidos no caminho das palavras
Enaltecendo aquela que amo enquanto lavras,
As folhas escritas por este coração calmo...

Esbelta, doce e singela, Patrícia de nome, bela
Donzela, por vós suspiro em segredo, um verso
Triste pois por medo não o revelo. oh, vento perverso
Que a beijas para minha inveja, eu so a quero a ela...

Eu longe vejo-te no teu reino, traido pelo meu
Padre, choro por mim minha terna eterna amante,
Sem te ter domina o medo de te perder, de infante
A poeta defunto, o meu coração é sempre teu...

7/17/2007

Poesia II

Pesa sobre mim a dor do teu
Silêncio, levando o teu olhar que desejo
Nestes dias, que contigo longe prevejo,
Nunca terem um fim. Desespero meu…


Insano imagino o teu toque, leve,
Lânguido e doce percorrendo-me
Nas trevas, saudade, eu rendo-me,
Mas liberta o poeta que ainda escreve…


Faço das gordas lágrimas que choro
A tinta que desenha estas palavras,
Lamúrias dos corações que lavras
Mundos do teu amor que eu decoro…

Estar Só

Doce donzela menina, que timidez
Me mostra teu rosto, não temas
Pois eu gentil me apresento nos dilemas
De amar, cantai comigo, mas, talvez...


Receio-o, mas di-lo-ei, dai-me a vossa mão,
Admiremos juntos as trevas que nos cobrem,
Contemos de mãos dadas as almas dos que morrem
Que agora no alto iluminam o céu de negro coração...


O teu perfume, oh sagaz chama que me invade
Enquanto sobre o teu ombro repouso, amai-me
Como vos amo, louco insano, embora terno, levai-me
Vida de se ela não me amar, oh, mágoa de saudade...

3/04/2007

tempestade

Que luta esta, da qual não sei a razão,
Mas movo-me forte e inconsciente levado
Pelas loucuras que sonho junto a ti. Brado
Agora aos deuses as glorias desta paixão...

Ela, minha doce donzela, princesa invejada
Pelas ninfas dos poetas, e pelas minhas também...
Ele, eterno amante das palavras, menino de bem
De passado cruel, perdido pela vida malvada...

Ambos conheceram-se no devido ao seu amor,
Juntos dão nome a tal palavra desconhecida
Pelos demais, jamais lamentam a vida perdida

Pois agora serão eternos onde não há dor...

2/15/2007

Sonho II

Espreitais Lua o meu leito,
Não, esperai, entrai e aninhai-vos
Comigo, sim, ansioso esperava-vos,
Agora, repousai sobre meu peito…

Tristes as noites que não são trevas sem vós,
Mas não estais com elas para que comigo,
Ao cantares ao doce silêncio, meu amigo,
Estes sonhos sejam vividos apenas nós…


Sonhemos agora minha pequena,
Deixando as nossas almas chorar
A saudade que teima em representar
Nas nossas vidas, esta triste cena…

sonho


Voz quente e doce
Oiço-te numa aparição paradoxal
dentro de sonhos débeis
Viajo no vapor de uma ilusão
e restauro-me
no meu sono cristalizado.

Não me acordes.

Morro,
vezes sem conta,
na opacidade de um outro olhar...
Renasço
nas mãos frágeis de um amor desconhecido,
num sorriso
disperso numa boca que ainda não sinto...

Sonho... sonho e volto a sonhar,
nesta noite tranquila e eterna.
Sou alma… sou corpo,
sou o sangue transparente
que corre nas asas de um anjo.

Não me peças para abrir os olhos.

Procura-me, sonha comigo…
Sê Sol, que eu sou Lua.

E só assim o sonho perdura


Ass: Princesa Desalento

2/12/2007

Amor, quem és?

Baloiçam as águas do mar
As fragatas que nela repousam,
Eternas amantes, trevas que as desposam,
Que verbo esse, de nome amar…


Gela-me os nervos a solidão,
Que monstro sou, besta vencida
Pelas mágoas desta investida,
Temível e misericordiosa paixão…


Vivam, rosas deste amor celeste,
Trunfos de quem usa por ser usado,
Trovas de quem chora e é chorado,
Eternizadas numa escrita campestre

11/13/2006

Ambição de derrotado II

Virtude será lembrar ninguém perdido
Nas rotas que traça mas não escolhe.
Serve fiel quem a ignorância os ombros encolhe,
Gloriosos mentores da escola que se tem tido.

Pecado, se torna esquecido, coração que berra.
Lembrança têm tom se triste, e em ir tornou
Esquecendo como morto desta terra que sou
Pensar em arte nesta guerra.

Um Perfeito véu que em cegueira tranforma
O vazio do nada existir, se existe o nada
Que eu o nada crie para por fim contornada,
Enfim, veja a forma que o amor toma.

8/11/2006

Lua



Sorriem-te as estrelas docemente,
Iluminam as trevas do teu profundo,
Belo, puro, luz deste mundo imundo,
Memória partilhada, amada perdidamente...

Onde paira a ninfa de olhos verdes,
Amante do zéfiro primaveril, sonhadora
Nos seus magistérios, temível conquistadora
Que todos rendem, misteriosa como vedes...

Palavras preenchem o silêncio vazio,
A calma da noite imensa em sorrisos
Vividos, que um dia serão esquecidos,
O amor que se enrola como um fio...

7/12/2006

Toxico(in)dependente



Amigo, quem esperas tu encontrar
Nesse umbral a que chamas casa,
Portal que conhece quem te casa
Com a branca impura sem t’a dar...

Esperas que te traga a tal paixão
Tua amada, tu quiseste, escolheste,
E cedo soubeste porque cedo morreste,
Respiras ainda, por invejosa compaixão...

Prisão negra à qual entregaste
Corpo e alma pelo momento
De prazer consumido, sem intento
Te arrependes porque tu te mataste...

7/02/2006

Paixão Lusitana

Renasce das cinzas o antigo mito,
Eterno sonho será a antiga doce paixão,
Parados contemplamos o fraco pulso da nação,
Mãe que foi império, hoje, triste e bonito...

Lânguido o pesar sobre os ventos de outrora,
Chorem os que riem dos feitos desfeitos
Que a lembrança guarda nso esquecidos peitos,
Erguei-vos! Agora Portugal, chegou a hora!

Marcha sobre quem te persegue,
Caminha assente nas pernas de império
Dadas por Deus, impõe o teu critério!
Avé Portvcal! Por ti, teu povo tudo consegue!

6/28/2006

Ambição de derrotado

Raiva, dor vivida do somente incomprendido
Sentida por mim só, soltem as feras
E sentai-vos a banquetearem-se de misérias
Que apelidam, mas deixem-me esquecido...

Favor que vos peço, livrai-vos de quem
Tão bem canta as verdades que tem a dizer,
De quem se esmera e se deixa morrer,
Esqueçam-se que esse podia ser alguém...

Mas que egoísta sou, tal sacrifício
Não te merece querida mãe, tu explorada
Por vis agentes sendo dia a dia lembrada
Da mísera condição, ossos do ofício...

ex-aluno

Gritam movidos pela saudade
Os cujo tempo ido constrói memórias,
Tais velhos um dia putos, tantas as histórias
Das experiências de cada idade..

Sorriem de novo vindos ao seu mundo
De infantes, as caras mais velhas lembram
Felizes as aventuras que os petizes cantam,
Sentimentos não guardados em falso fundo...

Petizes nele cresceram, viveram e jamais
Esquecem a Casa que os viu marchar,
Alinhados de peito inchado com caixa a tocar,
Dói a lembrança de novos não serem mais...

6/22/2006

bebâdo

Um doce vazio ilumina os amargos
Caminhos que delíneam o fado
Que eu não escolhi, estado mingado,
certeza que desaparece em três tragos...

cresce a vergonha que não tenho,
as ideias teimosas e convencidas,
Lânguidas e quero-as esquecidas,
Se não assim, sou um estranho...

Oh, doce sobreidade que aflui
À cabeça, o sangue e a àgua
Correm juntos, lembro esta mágoa
Que esqueço, o sóbrio que sempre fui...

6/21/2006

Poesia

Rosa sem vida é primavera sem flor...
Só doces amarguras pintam tal cenário,
Triste como o castelo com seus pajens,
Mergulhados na escuridão da imaginação...

Traga o amor a beldade, o freco a liberdade,
Expulsai estes dias de sol ocioso, vivai!
Croai a alegria rainha dos corações sofridos,
E mesmo os mais tristes e abatidos, cantai!

Inspirai-vos naqueles que vos rodeiam,
Tal como eu vivem errando na luz,
Desprezai as trevas e caminhai para
A pura poesia, a versificaçao do amor...

Penas e aparos


Quase que consigo escrever por fim
Mas a pena ainda me atraiçoa,
Mentirosa que com vontade voa
Arranhando o papel e a mim...

Tantas são as caras que tem,
Todas tão belas e invejosas,
Oito os amores, oito preciosas!
Amantes da minha escrita refém...

Mas, qual delas eu desposo? Incerto
Penso na qual que melhor desenha,
Porém, que conclusão estranha
Devo procurar no meu deserto?